sexta-feira, 11 de maio de 2007

Conto: Os Muros de Jericó - 3ª parte

3. O homem sem memória.

O cavalo trotava há pelo menos duas horas pela montanha. Se tivesse um rosto, nele estaria pintada uma expressão cansada. Na falta de mímica precisa do rosto, a fadiga era, de qualquer modo, evidente, pois ele andava sempre mais lento, com a respiração ofegante e com o suor espumoso, que lhe grudava o pêlo. Wes Groove, ao contrário, tinha o rosto descansado e a expressão era de alguém que tinha acabado de ganhar o primeiro prêmio de uma loteria. Não debochava como quando deixara Jericó, mas a boca semiescondida pela barba negra alongava-se de uma orelha à outra. Com efeito, tinha vários motivos para estar satisfeito.
O primeiro, de ordem profissional. Ele era um bounty killer, um caçador de recompensas por profissão. Meteu-se nos rastros de um certo Percival March, que fugiu com toda a sua família de Chicago, depois de ter furtado o proprietário do negócio para o qual trabalhava. Groove sabia fazer bem o seu ofício. Não lhe escapavam os ladrões de bancos, imagina então se um ladrão como aquele March poderia dar-lhe problemas. Na verdade, ia ao seu encalço sem muitos problemas, pelas colinas em volta de Jericó. Capturá-lo tinha sido um jogo pueril. Ele estava procurando algo para dar de comer à sua família, uma mulher e dois filhos acampados ao redor de uma carroça, e, em vez de caçar, foi caçado.
Bastou mandar que ele jogasse a arma por terra e levantasse as mãos e March obedeceu tremendo como uma folha. Foi muito fácil. Tão fácil que Groove até pensou em entregá-lo inteiro ao xerife de Jericó. Como de costume, Groove levava suas presas com diversos buracos na barriga, que lhes possibilitariam respirar por eles, se isso fosse possível. Por que correr alguns riscos transportando um prisioneiro vivo, se a recompensa, vivo ou morto, era a mesma? Mas com March os riscos eram zero e talvez pudesse economizar o custo das balas. Para não falar do menor esforço para fazê-lo subir e descer do cavalo. Pecado apenas que a recompensa por levá-lo vivo fosse quase nada a mais. Uma verdadeira miséria. Na verdade, não havia outra escolha. E é sempre melhor dois trocos que nada. O segundo motivo de satisfação era uma vingança pessoal. Estava quase para descer à cidade para colocar o dinheiro no bolso, com a sua presa empacotada como um presente de natal, quando da colina tinha visto Buzz Dutch. De longe, a olho nu, pareceu que era ele. O binóculo que tirou da bolsa lhe deu a confirmação. Então Groove parou, escondido entre as rochas, afagando a barba e fazendo as engrenagens de seu cérebro trabalharem. Também Buzz era um bounty killer, mas Groove não o considerava um colega. Para ele, era um concorrente. E muito incômodo. Um maldito sujeito impertinente do qual não conseguia livrar-se. Tinha uma conta suspensa com ele para saldar. Oh, e como tinha! Bem... talvez houvesse um modo para ajustar as contas. E também para colocar no bolso algum dinheiro a mais pela captura de Percival March.
Por essa razão, tinha virado o focinho do seu cavalo e do outro sobre o qual estava o prisioneiro e tinha dado meia-volta com ele na direção das montanhas. Havia uma gruta, lá em cima. Um túnel escavado na rocha e escondido entre os arbustos, impossível de ser encontrado, sem saber onde procurá-lo. Groove o tinha encontrado quando seguia uma lebre, alguns dias atrás. Agora retornara, deixando dentro dele March, preso de tal modo que não pudesse fugir, deixando-lhe um cantil para que não morresse de sede. Depois desceu rumo à cidade. Portando, contudo, consigo o chapéu sujo de lama, o cavalo e a pistola, que serviriam como indícios contra March.
Chegou a Jericó justo a tempo de ver Buzz brigando com um cara furioso vestido com uma estranha roupa indiana. Agradou-se de vê-lo ser maltratado e a coisa tinha terminado também por ser-lhe vantajosa. Quando Groove o havia afrontado fora da cidade, Buzz estava meio atordoado pela pancadas recentes. Abrir-lhe um buraco na testa com a pistola de March fora fácil como cuspir no chão. Depois tinha pego o cartaz de recompensa do bolso do cadáver, tinha deixado o chapéu enlameado à vista de todos e se fora, tomando o cuidado de que as patas do cavalo do prisioneiro deixassem claríssimas marcas. Tratava-se de deixar uma pista a seguir que levasse o xerife à carroça de March, lá onde Percival tinha deixado a mulher e os dois filhos acampados. Tinha escapado, ficando ali por perto, a desfrutar do terreno cheio de pedras e rochas.
O cavalo de March tinha terminado em uma fenda com um golpe na cabeça. Inútil deixá-lo vivo com o risco de que alguém o achasse, visto que ele deveria voltar a Jericó e não podia trazê-lo consigo.
O xerife não tivera dúvidas. Muitos elementos apontavam para March. Era óbvio e ululante que fora ele a matar Buzz. Buzz era um bounty killer, não? E Percival um procurado. E que coisa faz um procurado quando um bounty killer funga no seu cangote? Trata de escapar para não ser preso. Lógico. Nunca se ouviu dizer que um fugitivo fosse ao encontro de quem o procurava e lhe desse os pulsos para ser algemado. E assim, aos olhos de todos, Percival March de um simples ladrão transformara-se em ladrão e assassino. E a sua recompensa era triplicada de quinhentos para mil e quinhentos dólares. E tudo sem que o pombinho se movesse de sua gaiola onde Groove o havia deixado. Lá, onde agora o barbudo estava voltando para o ato final de seu plano. A cereja sobre a torta. Um projétil na cabeça para que March não contasse nada e rumaria ao escritório do xerife. Diria que capturara March e que foi necessário matá-lo, para que não tivesse o mesmo fim de Buzz. O cadáver ainda quente serviria para que não surgissem suspeitas. Se o tivesse matado antes, a coisa poderia cheirar mal. Seja no sentido amplo que no real da expressão, visto que o cadáver estaria velho há três dias. Ao contrário, morto momentos antes, o caro Percy só teria dado satisfações gerais. Para o xerife e para os cidadãos, por ter sido tirado de circulação um perigoso assassino. Para Groove, a satisfação seriam os dólares que lhe encheriam os bolsos. Só que para levar a Jericó o cadáver ainda quente, deveria deixar March com vida na gruta, por três dias. Mas agora o jogo estava para ser terminado. Aquele era o terceiro motivo de satisfação.
A gruta estava diante dele. Groove desceu do cavalo. Em poucos minutos, o caso estaria resolvido e a recompensa, recebida. Mil e quinhentos dólares no bolso e Buzz no inferno. Sim, havia muitos motivos para que Groove risse por baixo da barba. Para que risse de uma orelha à outra por todo o tempo da cavalgada. Mas apenas o barbudo chegou à gruta e deu uma olhada para dentro, de repente parou de sorrir.

Os dois peles-vermelhas eram claramente Sauk. Groove aprendera a reconhecer os que pertenciam às várias tribos. Com um trabalho como o seu, tinha o dever de fazê-lo. Os procurados, freqüentemente, buscavam refúgio nos territórios indianos e segui-los sem ter a idéia de que tipo de focinhos vermelhos encontraria seria estupidez. Groove tinha conhecido alguns de seus colegas que acabaram transpassados pelas flechas. Os Sauk, em particular, eram reconhecidos pelas coleções de dentes de urso costuradas sobre os colares de peles de lontra. E também pelos brincos e por certas faixas longas enroladas na fronte como se fossem turbantes. Dos dois guerreiros que iam ali, por uma pista abaixo dele, somente um tinha a coleção e o turbante. O mais velho, naturalmente, aquele cujos ornamentos havia ganho no campo. O outro era um jovenzinho com uma camisa florida feita por brancos e que estava aberta deixando entrever o peito nu. Não tinham armas de fogo. Só arcos e flechas. Eram realmente os dois índios que estava procurando: tinha seguido seus rastros da caverna até ali.
Esperou que seguissem pelo caminho até quase chegar sob a grande rocha sobre a qual ele se encontrava, depois pôs uma bala no fuzil e disparou. O terreno rochoso se estilhaçou em pedaços entre os pés do Sauk mais velho. Ele e o outro pularam amedrontados.
- Parem onde estão, seus macacos! - rosnou Groove do alto da rocha. Tinha usado algumas das poucas palavras ojibwa que sabia, mas “macacos” tinha falado em inglês. Não tinha a mínima idéia de como era em ojibwa, admitindo que quem tivesse inventado aquela praga de língua soubesse que coisa eram os macacos. Na realidade, Groove não estava seguro de que os Sauk soubessem ojibwa, mas tentou assim mesmo. Na região ao sul dos Grandes Lagos, quase todos sabiam.
Os peles-vermelhas levantaram a cabeça, arregalando os olhos.
- Quem é você? - Perguntou aquele com o turbante. Em inglês. Groove perguntou-se se era porque não tinha entendido a língua ojibwa ou porque tinha entendido “macacos”.
- Um amigo daquele que vocês encontraram na gruta. - respondeu o bounty killer com um sorriso. Estava justamente indo procurá-lo e vi que tinha saído para dar um passeio com vocês!
Tinha acontecido assim mesmo. Na caverna, March não estava mais. Os rastros falavam claro, contudo. Alguém o havia libertado. Duas pessoas com mocassins indianos nos pés. Por sorte, os rastros estavam frescos e os peles-vermelhas, próximos.
- Você é aquele que o prendeu lá dentro? - Replicou o Sauk com o turbante.
- Sou aquele que está com raiva por terem-no soltado - grunhiu Groove. E para sublinhar o que sentia naquele momento disparou de novo, quebrando o arco na mão do índio mais jovem. Que conteve a muito custo um grito de terror.
- Nós o encontramos quando caçávamos - disse o mais velho depois de ter feito o seu companheiro manter a calma, com uma olhada cheia de recomendações. - Não sabíamos quem era, mas não podíamos deixá-lo ali. Tinha acabado a água e não comia há três dias. Assim ele nos disse e se via que era verdade.
- Oh... mas vocês querem ganhar o paraíso! Dar de comer aos famintos e dar de beber aos sedentos são justamente as boas ações que deixam contente São Pedro! - Agora Groove se perguntou se os Sauk tinham uma diminuta idéia de que coisa era o paraíso e de quem era São Pedro. Talvez sim, se o mais velho tivesse aprendido inglês com um missionário. Em qualquer caso, não era essa a primeira curiosidade que queria satisfazer. Havia uma outra um pouco mais premente. - Já que vocês são boa gente, imagino que não vão querer dar um falso testemunho. Coragem, digam onde está o meu amigo!
- Não sabemos - respondeu o sauk - nós o libertamos e deixamo-lo ir. Agradeceu-nos e afastou-se a pé.
- Em qual direção?
- Na do pôr-do-sol.
Groove pensou que os índios não tivessem motivo para mentir para ele. E que a história do acontecido era plausível. Mas pensou também que o mundo ficaria melhor com dois macacos vermelhos a menos.
- Obrigado - disse, apontando o fuzil - e cordiais saudações a São Pedro!
Disparou duas vezes. Ao jovem, perfurou-lhe a camisa florida. Ao velho, o turbante na testa.
Zagor e o xerife cavalgaram na direção da carroça onde dois dias antes tinham encontrado Rhoda March e seus filhos. Agora que sabiam qual era o caminho, iam mais rápidos do que quando tinham seguido as pistas do assassino de Buzz.
- Estarão lá ainda? - perguntou Zagor a Sam Reilly.
- A mulher e os jovens? Eu espero pelo bem deles mesmos. - Respondeu o homem com a estrela. Senão, não andarão longe e terão mais problemas do que os que já tiveram. Eu fui muito claro, quando os mandei não se mexerem. Se Percival não quer prosseguir a fuga sozinho, deve voltar à carroça. Rhoda está certa de que o marido é inocente e jurou que o convenceria a entregar-se à justiça. Em qualquer caso, quase todos os dias eu mandei um homem vigiá-los. E até ontem não havia novidades.
- E por que hoje nós viemos pessoalmente?
- Porque você e os outros procuraram Percival por cinco dias, em todos os lugares, sem encontrá-lo. É hora de mudar de estratégia.
- Você quer levar Rhoda e os filhos para a cidade?
- Sim, mas com boas maneiras. Não posso prender uma mãe de família pelas culpas atribuídas ao marido. Pelo menos, não sem as provas de que esteja favorecendo sua fuga. Quero convencê-la a ficar em Jericó por alguns dias, justamente para avaliar se está enganando-nos quando diz que não sabe nada do amado senhor March.
Sam Reilly fez uma pausa para um suspiro, depois se voltou para Zagor e acrecentou:
- E me serve a sua ajuda, haja vista o faro que você tem.
- Obrigado pela estima, mas o sabujo é você.
- Não estou brincando. Tão logo cheguemos, vou interrogar novamente Rhoda. Escutá-la bem e observar o que diz. Talvez consiga descobrir algum indício, não naquilo que diz, mas no que não diz, ou no que deixa escapulir, ou em uma olhada para os jovens, ou em alguma coisa que está na carroça. Em suma - concluiu Reilly - quero seguir o rastro desse Percival!
A carroça dos March apareceu diante deles, exatamente onde a tinham deixado. Quando chegaram, descobriram com surpresa que não havia necessidade de seguir o chefe da família. Percival March já estava lá.
Jazia sobre um estrado, na terra, ao lado do conestoga, envolto em uma coberta de lã. Com relação à aparência do cartaz de recompensa, tinha-se barbeado. Natural, para um procurado, que foge e não quer ser reconhecido. Os olhos estavam inchados e o rosto também, como se tivesse recebido muitas pancadas. O homem tinha os olhos fechados. Não dormia. Parecia em coma. Ao lado dele, Rhoda em lágrimas.
- Que diabos lhe aconteceu? - perguntou o xerife depois de tê-lo observado com ar desanimado.
- Caiu de um rochedo - gemeu a mulher - lutando contra um outro homem!
- Um outro homem... quem? - perguntou Zagor.
- Um alto, grande, com uma barba negra, não sei quem era!
Wes Groove! - exclamou Reilly - Um caçador de recompensas. Veio ao meu escritório perguntar-me por Percival. Estava satisfeito pela recompensa ter subido para mil e quinhentos dólares. Pelo que parece, procurou recebê-la, caçando sua presa.
Rhoda March acariciou os cabelos do marido e ao inclinar-se uma lágrima caiu de seu rosto banhando a face do homem. Percival reagiu ao carinho, ou talvez à lágrima, começando a burburar alguma coisa incompreensível, sem abrir os olhos. Parecia o delírio de uma pessoa febril.
Zagor compreendeu apenas as palavras “gruta” e “índios”.
- Que coisa está dizendo?
- Fala de uma caverna, de um homem prisioneiro, de dois peles-vermelhas que o libertaram. Repete sempre as mesmas coisas, mas não sei a que se refere.
- Ele está muito confuso - comentou o xerife - bateu a cabeça.
- Não me reconhece mais, nem a mim, nem a seus filhos! - lamentou-se Rhoda, contendo a muito custo uma crise de choro. Voltou-se desesperada para os dois jovens, silenciosos e deu alguns passos em sua direção. Depois acrescentou: perdeu a memória!
- Conte-nos o que aconteceu - pediu Zagor.
- Ele retornou dois dias atrás, à noite, pouco depois de o sol pôr-se, a pé e sozinho. Mas não tivemos nem o tempo de abraçá-lo, pois chegou a cavalo aquele homem...
- Groove.
- Não sei como se chama, talvez Groove, se vocês o dizem - Rhoda March fez uma pausa para engolir em seco - Percival tentou fugir, correndo na direção do rochedo lá embaixo. Groove o perseguiu. Eu também corri para lá e vi os dois lutando, mas estava escuro, a beirada do precipício estava próxima. De repente, desapareceram. Caíram os dois, abraçados em luta! - Rhoda chorou, cobrindo os olhos com as mãos.
- E depois?
- Consegui vê-los, graças a Deus. Percival ainda estava vivo! Tinha caído sobre uma pedra pouco abaixo do precipício. O outro, ao contrário, não vi mais. Deve ter-se esfacelado no fundo do despenhadeiro!
- Assim você tirou seu marido de lá e conseguiu trazê-lo com a carroça.
- Sim, com a ajuda dos garotos. Percival reabriu os olhos quase imediatamente, mas não nos reconhecia, não sabia quem éramos, entendem? E há dois dias ainda não melhorou. Não se recorda de nós!
O homem estendido sobre o estrado abriu os olhos. Tinha o olhar perdido. Olhou em volta sem se deter em ninguém. Tornou a fechá-los e a burburar sobre uma gruta e dois índios.

Zagor e Reilly aproximaram-se do precipício. Lá embaixo no fundo, a pelo menos cinqüenta metros de profundidade, estava realmente o corpo de um homem. Suspiraram.
- Descemos para ver?
- Descemos.
Desceram pelo rochedo agarrando-se às saliências das rochas. Zagor facilmente chegou ao fundo. Para o xerife, foi um pouco mais difícil. Por fim, ambos os dois chegaram junto ao cadáver. O rosto estava já meio decomposto, virado para o chão. O sangue jorrado há dois dias manchava de negro as rochas ao redor. Zagor, que chegou primeiro, abaixou-se para observá-lo sem tocar no corpo, depois passou um pente fino com os olhos em todos os arredores. O xerife, tão logo chegou, tratou de virá-lo para ver o rosto, suscitando a ira de um enxame de moscas.
- É Groove? - perguntou Zagor.
- Posso afirmar que sim. O rosto está irreconhecível, mas a barba é a sua. A aparência também. E as roupas são aquelas que tinha quando veio ver-me. É o segundo bounty killer que March faz desaparecer.
- Não sabemos com certeza se o primeiro foi ele quem matou. E Groove morreu ao cair com ele, enquanto lutavam. Ou seja, March não veio até aqui embaixo para matar seu adversário. Eles rolaram por causa da escuridão. Não perceberam o perigo que corriam. - Que o enforquem por uma morte ou por duas fará pouca diferença.
- O problema é saber se realmente matou Buzz.
- Você tem dúvidas? A história é muito clara.
- Digamos que ter dúvidas é um meu velho vício.
- Então elas serão esclarecidas pelo juiz, Zagor. - Disse o xerife, levantando-se.
Pegou o chapéu e com a mão no seu interior restituiu suas formas. Após, colocou-o na cabeça. Por fim, concluiu:
- Mandarei uma telegrama ao juiz amanhã mesmo. Em três dias, já teremos o processo.
- Será condenado mesmo se não recuperar a memória e não se recordar do que fez? - perguntou Zagor. E acrescentou - Pode-se enforcar um homem por um crime que não se lembra de ter cometido?
O xerife arregalou os olhos, torceu o nariz, coçou o queixo.
- Eis uma outra dúvida que deverá ser respondida pelo juiz. - falou, meio sem calma.

Fim da terceira parte.
Traduzido por José Ricardo do Socorro Lima, com a colaboração eventual de Umberto Sorgentone.

Nenhum comentário: