Blog dedicado ao personagem criado em 1961 por Sergio Bonelli (sob o apelido de Guido Nolitta) e Gallieno Ferri.
Bonelli nasceu em 2 de dezembro de 1932, em Milão, e faleceu em 26 de setembro de 2011, em Monza, aos 78 anos.
Ferri nasceu em 21 de março de 1929, em Gênova, e faleceu no mesmo lugar, em 2 de abril de 2016, aos 87 anos.
Acompanhe mensalmente as incríveis aventuras de Zagor e Chico, nas revistas Zagor e Zagor Especial, publicadas pela Mythos Editora.
Zagor n. 523 - mensal - Zagor contra Mortimer (Zagor contro Mortimer) Roteiro e argumento: Moreno Burattini
Desenhos: Marco Verni
Capa: Gallieno Ferri
Mortimer, na intenção de concluir uma vingança adiada por várias vezes, conseguiu levar para o Haiti, no coração do Caribe, Zagor e Chico, com a intenção de torná-los cúmplices involuntários de seu miraboloso plano, que pode mudar a História do mundo. Parece que nada pode impedir o implacável mecanismo criado pelo gênio do crime, mas eis que...
Seguem duas páginas desta edição:
Revista publicada em 4 de fevereiro de 2009, na Itália.
Zagor n. 522 - mensal - Trópico de Câncer (Tropico del Cancro)
Roteiro e argumento: Moreno Burattini
Desenhos: Marco Verni
Capa: Gallieno Ferri
Chico desapareceu e parece que ele embarcou, por livre vontade, em uma nave que se dirige aos Trópicos. Zagor o alcança apenas a tempo de ver-se em viagem para o Haiti, contra a sua vontade. Nesse ínterim, na ilha, o diabólico Mortimer está tecendo um incrível complô no qual está envolvido até mesmo o egípcio Hammad, velho conhecido do Espírito da Machadinha.
De vez em quando, algum leitor escreve-nos manifestando dúvida sobre a numeração italiana da revista Zagor.
Uma mesma história possui numerações diversas, realmente, e a explicação está lá no distante ano de 1965, quando a Editora de Sergio Bonelli resolveu conceder o formato gigante para as revistas do Espírito da Machadinha.
Ao surgir, em 15/06/1961, Zagor era publicado no formato cheque, em revistinhas de 100 páginas, com uma tira por página.
Capa da primeira revista do Espírito da Machadinha
Em 1965, Sergio decidiu que o personagem deveria passar para o formato conhecido hoje. Em vez de ele criar uma nova série para Zagor, ele aproveitou uma que já existia, que era a coleção ZENITH GIGANTE.
Essa coleção, entre os números 1 e 51, publicou aventuras de vários personagens do western.
Zenith Gigante 46
Zenith Gigante 41
Zenith Gigante 35
A partir do n. 52, passou a hospedar o nosso Espírito da Machadinha e formou-se a confusão, pois, no expediente da revista, constaram as duas numerações, ou seja, ZENITH GIGANTE 52 e ZAGOR GIGANTE 1.
Além disso, a lombada da revista conserva a numeração primitiva, da ZENITH GIGANTE.
A dupla numeração confunde a cabeça de todos, sejam eles novatos ou fãs inveterados do Espírito da Machadinha, pois não basta dizer o número da revista, Há que fazer-se referência ao nome da história e/ou se o número se refere à coleção ZENITH ou à coleção ZAGOR.
Na floresta com... Dylan Dog, Martin Mystère, Mister No, Nathan Never, Nick Raider, Tex, Zagor. Imaginário e etnografia do reino vegetal nas revistas da Editora Bonelli.
Livro editado por Roberto Roda e Giovanni Guerzoni. Saiu pela Ed. Interbooks, com 84 páginas e formato quadrado, em brochura. Ricamente ilustrado.
Índice:
1.Introdução (Tex, Martin Mystère, Mister No),
2.A floresta da água (Nick Rayder),
3.A floresta de fogo (Tex),
4.A floresta áerea (Zagor),
5.A floresta e o seio da terra (Mister No, Martin Mystère),
6.A floresta animada (Martin Mystère),
7.A floresta dos monstros (Dylan Dog, Mister No),
8.Homens-Lobo (Tex, Zagor, Dylan Dog, Martin Mystère),
9.A floresta, lugare de caça (Martin Mystère, Mister No, Tex, Nathan Never)
Em 1983, as Edizioni ANAF editaram um número especial da revista "Il fumetto", contendo mais de 30 artigos sobre os quadrinhos da Editora Bonelli e ricamente ilustrado de desenhos.
O livro tem formato grande (A4), 110 páginas e é brochurado.
A capa apresenta 16 heróis da Bonelli, dentre os quais o Espírito da Machadinha.
Dentre os articulistas, destacam-se Alfredo Castelli, Leonardo Gori, Vincenzo Mollica, Gianni Bono, Marcello Toninelli, Giulio Cesare Cuccolini e Gianni Brunoro.
Aurelio Galleppini escreveu um texto sobre Tea Bonelli, mãe de Sergio Bonelli, e primeira dona da Editora, junto com seu marido, Gianluigi Bonelli.
Quando, no longínquo ano de 1957, apus minha assinatura como diretor da pequena Editora Audace, eu vivia feliz aquele tarefa que me permitia frequentar os mais famosos autores daquela época. Realmente, o nosso minúsculo lugar hospedava roteiristas como meu pai Gianluigi Bonelli, Andrea Lavezzolo, Roy D'Amy, Gino D'Antonio e outros ainda. Eu tinha a possibilidade de discutir com eles (pelo menos em linhas gerais) os projetos para as novas séries, de ler seus roteiros antes de enviá-los aos desenhistas escolhidos e também de mudar algumas frase que para mim, na condição de primeiro leitor resultassem pouco claras. Fascinado pela sua experiência e personalidade, nunca me passou pela cabeça, creiam-me, a ideia de poder, em qualquer época, realizar o serviço deles.
Dentro de mim não se era aceso ainda o sagrado fogo de narrador, embora, em 1958, eu tivesse feito uma tímida tentativa: cúmplice de um amigo desenhista, Franco Bignotti, eu escrevi uma coleção de western, que se intitulava "Um jovem no Faroeste", mas alguns números já foram suficientes para confirmar a minha convicção de "não estar à altura" como inventor de histórias.
Um Jovem no Faroeste, a "criação" em quadrinhos de Guido Nolitta que precedeu Zagor, na recente reedição das Edizioni If (desenho de Franco Bignotti).
G.L. Bonelli, pai compreeensivo e argumentista inspirado e incansável, aceitou continuar a série. Eu ainda não cria que havia conseguido liberar-me daquele empenho que ameaçava tornar-se uma espécie de pesadelo e, por três anos, limitei-me a julgar apenas o trabalho dos outros.
Zagor e Chico, simbolicamente em marcha pelos vastos territórios da Aventura (desenho de Gallieno Ferri).
Um dia, porém, em 1960, bateu à porta da Editora um desenhista do qual eu nunca tinha ouvido falar: chamava-se Gallieno Ferri e, embora fosse desconhecido na Itália, era muito conhecido na França, com o pseudônimo de Fergal. Ele havia desenhado para editores franceses, que depois se tornaram meus amigos, entre 1948 e 1960, além de outras coisas, as histórias do Fantasma Verde, Fantax e Maskar e os western Piuma Rossa, Kid Colorado e Jim Puma.
O seu estilo? Bem, imediatamente após o fim da Guerra, os desenhistas italianos não se envergonhavam em atribuir a sua inspiração aos mestres americanos dos anos trinta e, realmente, naquelas páginas que Ferri me mostrara, não me era difícil reconhecer a influência dos cartunistas americanos , como Alex Raymond (o autor de Flash Gordon), Ray Moore (Fantasma), Clarence Gray (Brick Bradford), Lyman Young (Cino e Franco), Burne Hogarth (Tarzan).
A sugestiva cabana de Zagor, situada na imaginária floresta de Darkwood (desenho de Gallieno Ferri).
O resultado tinha sua imediateza, uma agradável leitura, uma indiscutível eficácia, tanto que decidi não deixar sem seguimento aquele afortunado encontro. Depois de tê-lo feito ilustrar alguns episódios de "Giuba Rossa", escritos com a mesma disponibilidade pelo ocupadíssimo Bonelli pai, na falta de outros escritores, não tive alternativa: eu criaria um novo personagem que nos permitisse hospedar entre os nossos colaboradores fixos também o recém-chegado Gallieno Ferri que, àquela altura, havia renunciado à sua assinatura francesa de Fergal!
Justamente para distingui-lo de muitos outros protagonistas de séries de western que lotavam as bancas naqueles anos, decidi que o meu herói não seria um cavaleiro, mas sim um andarilho, um caminhante. Sim, vocês entenderam bem, estou falando de alguém que anda a pé, que atravessa planícies e florestas um passo após o outro, com a calma e a paciência de quem sabe mover-se em um mundo de dimensões relativamente limitadas. Forte Pitt? Uma andada de três dias. Aquele vilarejo? Pode-se dar um pulinho lá em quatro dias, contando ida e volta ao refúgio no pântano. A casa da família Smith? Bastava um giro de 90 graus e um dia e meio de bom passo!
A renúncia ao clássico meio de locomoção, o cavalo, sugeriu-me estudar um microcosmo pitoresco e variado, um pequeno mundo irreal, mas solidamente estabilizado, que deixasse ao alcance de um bom maratonista, como o meu novo personagem, as mais exóticas e fantasiosas aventuras: uma floresta intocável, injustificadamente cheia de cipós, de árvores e de temperaturas equatoriais, encravada misteriosamente entre as regiões do Ohio, da Pensilvânia e da Virgínia. Não a procurem nos mapas geográficos. Seu nome é Darkwood!
Sergio Bonelli
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Capa da primeira revista da coleção Zenith Gigante, que reproduz as aventuras de Zagor, precedentemente lançadas no formato cheque (desenho de Gallieno Ferri).
Texto extraído da revista Zagor - Lo Spirito con la Scure, publicada por Oscar Mondadori, em junho de 2008, pág. V a XII.
Maxi Zagor 2004 - anual - Pesadelo no Mar (Incubo sul Mare)
Roteiro e argumento: Luigi Mignacco
Desenhos: Gaetano e Gaspare Cassaro
Capa: Gallieno Ferri
O Capitão Fishleg e toda a tripulação do "Golden Baby" desaparecem nas águas do Atlântico, enquanto caçavam a "Morte Vermelha", uma gigantesca baleia, cuja fama permanece viva nas conversas que os marinheiros de toda a costa mantêm, em baixa voz, nas tavernas dos portos. Zagor e Virgina Humbold, que, em um sonho comum a ambos, foram alertados por Ramath do que está acontecendo, embarcam, junto com Chico no navio "Dark Shark", do Capitão Sinn, justamente para descobrir o que aconteceu a seus amigos.
Maxi Zagor 2003 - anual - O Forte Abandonado (Il Forte Abbandonato)
Roteiro e argumento: Moreno Burattini
Desenhos: Gaetano Cassaro
Capa: Gallieno Ferri
Forte Stanton, um posto avançado isolado que serve para guardar um território de fronteira selvagem e inexplorado. Um lugar marcado por muitos desaparecimentos. Primeiro, sumiram alguns missionários jesuítas. Depois, a guarnição do forte. Por fim, os exploradores enviados para procurá-los. O que aconteceu? Que mistério ronda aquela região? E, principalmente, o que liga esses misteriosos acontecimentos com as atividades necromânticas do Coronel Carmody, o homem a quem foi confiado o comando de Forte Stanton? Não será fácil para Zagor decifrar todos esses enigmas.